A Secretaria de Saúde de Nova Serrana realizou o primeiro LIRAa – Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti – de 2017. A pesquisa foi realizada em 20% dos domicílios de todos os bairros do Município e apontou índice de infestação de 5,4%. Apesar do resultado preocupante, a equipe de epidemiologia já intensificou as ações e estuda novas estratégias de eliminação dos criadouros.
Segundo o relatório final do LIRAa, a maior concentração de focos do mosquito Aedes Aegypti (45,7%), foi encontrada em locais chamados de Depósitos Fixos: tambor, ralinhos de banheiros, latas, lages, calhas e tanques. Outros 33,3% foram achados nos Depósitos Tipo B, que são vasos, frascos com água, pingadeiras, recipiente atrás de geladeira, bebedouro de animais, restos de material de construção e pratos.
Já nos Depósitos Tipo D2: lixo, plástico, garrafas, latas e entulhos, foram localizados 20,8% dos focos. Caixas d’água foram responsáveis por 17,1% dos focos encontrados e, por fim, com 15,4% dos criadouros, estão os Depósitos Tipo A1 e A2, que engloba pneus e outras matérias rodantes, tambor, tonel e tanques com água.
Para a secretária de Saúde Gláucia Sbampato, o alto índice observado neste levantamento aponta para um afrouxamento nos últimos meses de 2016 das ações de combate aos criadouros de Aedes Aegytpi, tanto por parte dos órgãos públicos quanto pela população. Durante todo o ano de 2016, por orientação do MS, foi realizado apenas um LIRAa, no mês de outubro, que apontou infestação de 2.0%.
Alto Risco
Nova Serrana apresenta hoje estimativa populacional de 92.332 habitantes. O crescimento populacional acelerado, como acontece no Município, eleva o risco de doenças, o que exige mais atenção da população e das autoridades públicas.
O índice de 5,4% está bastante acima do tolerado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%, e coloca Nova Serrana na lista dos municípios de Alto Risco de Infestação. O resultado também concluiu que todos os bairros do município estão em risco de possível epidemia.
A orientação da Secretaria de Saúde é para que a população não esmoreça no combate aos criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, já que a maioria dos focos foi encontrada no interior dos domicílios.
“Não há ações de combate que resolvam a situação se a população não ajudar. A gente pede a todo mundo que fique de olho nos seus quintais, nos ralinhos de banheiro, caixas d’água para evitarmos uma epidemia”, disse Glaucia.
Ações intensificadas
A secretaria de Saúde está estudando novas estratégias de combate ao mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus e enquanto isso as ações já realizadas estão sendo intensificadas. “Intensificamos ações como as visitas domiciliares e a mobilização social. Os agentes epidemiológicos estão revisitando as casas que foram encontradas fechadas e vamos apresentar o Plano de Contingência da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus no Conselho Municipal de Saúde. Além disso, vamos reativar o Comitê Municipal da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus e aumentar o número de palestras e orientações sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti nas empresas e escolas”, finalizou Glaucia.
2016
Em 2016, O único LIRAa realizado apontou índice de 2,0%, o que significa que em cada 100 domicílios, dois tinham a presença do Aedes. No último ano, Nova Serrana registrou 2.242 casos de Dengue, um caso de Chikungunya, 11 casos de Zika Vírus e duas crianças estão sob investigação com diagnóstico de microcefalia.