Para discutir um plano de ações a fim de reestruturar o Hospital São José, melhorar e ampliar a oferta de serviços, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde, Dr. Gilmar de Assis, esteve em Nova Serrana para uma reunião com o prefeito Euzebio Lago, a promotora Maria Tereza, deputado estadual, Fábio Avelar, deputado federal, Jaime Martins, membros da diretoria do hospital e vereadores.
O plano de ação proposto para sanar os problemas pelos quais passa o hospital São José contempla medidas como a obtenção da Certidão Negativa de Débitos (CND), intervenções nas remunerações dos plantonistas, novas formas de gestão, priorizando a autossuficiência da instituição, melhoras na estrutura física e regionalização do atendimento.
Para o prefeito Euzebio Lago, nunca houve uma união tão grande de autoridades, órgãos e instituições empenhados em resolver o problema do hospital São José e fazer com que ele volte a crescer. “Assistimos por mais de 20 anos esse hospital atender com capacidade mínima. Nem mesmo atendimento de média complexidade ele é capaz de oferecer, isso é inaceitável. Por isso nós da prefeitura, a Câmara de vereadores, o Ministério Público e a atual diretoria do hospital, estamos empenhados para fazer com que o São José consiga atender, pelo menos, a demanda da nossa cidade e, talvez, ser apoio para a região”.
Euzebio também comentou sobre a necessidade de o hospital conseguir a CND e passar a receber subenvção dos governos estadual e federal. “A CND é uma prioridade. Com ela, o hospital poderá receber emendas parlamentares e recursos de outras fontes que hoje ele está impedido de receber por causa de suas dívidas com o governo”.
De acordo com o promotor Gilmar de Assis, o primeiro passo é unir as forças para recuperar economicamente o hospital e fazer com que ele não sobreviva apenas dos subsídios do município. O promotor também afirmou que com o plano em prática, o hospital pode entrar na rede de urgência e emergência da Secretaria de Estado como apoio para os atendimentos na região. “Dessa forma é possível exigir equipamentos e recursos humanos e o hospital passa a contar com um aporte de R$200 mil como incentivo para essa retaguarda”.
A promotora da 4ª Promotoria de Justiça de Nova Serrana, Maria Tereza, aprovou a intenção de criar um plano de ações e afirmou que isso minimizará um problema sério que a cidade enfrenta que é a judicialização da saúde. “Enfrentamos problemas gravíssimos com a judicialização da saúde. Não queremos que os pacientes cheguem à beira da morte para conseguir o procedimento que precisa. Esperamos que esse plano seja criado porque nós da promotoria vamos fazer nossa parte para que o hospital se torne uma referência regional em saúde e consiga atender a demanda de Nova Serrana”.